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13.11.17

Madre de Deus, parte I: Santa Auta autêntica


Em 22 de Maio de 1508, o Papa Júlio II autorizou a Raínha D. Leonor de Portugal a levar religiosas de outros conventos para uma Igreja-Convento da Madre de Deus, a construir por seu patrocínio.
Em 21 de Fevereiro de 1509, D. Leonor compra umas casas e uma horta a D. Inês, viúva de Álvaro da Cunha. Em 18 Junho, são instaladas no local sete freiras provenientes do Convento de Jesus, em Setúbal. Em 23 Junho, a igreja começou a ser construída, com uma nave, claustrim e torre sineira. Aplicados dois medalhões cerâmicos dos Della Robbia na fachada principal, a Igreja foi sagrada pelo bispo de Lisboa, D. Martinho da Costa.
Em 12 de Setembro de 1517, chegam ao Convento as relíquias de Santa Auta e do Santo Sudário, doadas pelo Imperador Maximiliano I, primo de Leonor.
Em 1522 são pintados os Painéis de Santa Auta (aut.desconhecido), mostrando a Igreja concluída.


Painéis de Santa Auta (chegada das relíquias).



















Sala do Presépio «« (clique para ver)



Coro Alto, cadeiral, Sala das Relíquias







7 comments:

APS said...

Caro Mário Marzagão

Belíssima reportagem fotográfica à "Igreja da Madre de Deus" em Xabregas, sítio onde nasci.
Cumprimentos
APS

Mário Marzagão said...

Caro APS,
É um prazer e uma honra saber que aprecia o meu blogue alfacinha.
Volte sempre. E, por favor, continue a deliciar-nos com o seu próprio blogue RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA (http://aps-ruasdelisboacomhistria.blogspot.com/)
Um abraço. Mário

Maria José Rebelo said...

Caro Mário Marzagão
Estas foram as melhores fotos que vi publicadas na net sobre a Igreja da Madre de Deus. Belíssimas! Chegou a ver os túmulos de D. Leonor e da sua irmã? (li que estariam lá...)

Mário Marzagão said...

Cara Maria José, obrigado pelos seus simpáticos comentários.
Ter-se-á por certo apercebido que este "post" da Igreja faz parte de uma quadrilogia que também inclui o Convento, o Presépio e o Museu da Madre de Deus. Por exemplo, se no texto do início clicar na palavra "Convento" irá parar ao "post" que trata do Convento.
E no "post" do Convento começa-se logo a falar da campa-rasa de D.Leonor.
Quanto à sua irmã, confesso que não me apercebi. Mas decerto vai encontrar referência na enorme documentação a que acede se clicar na palavra "bibl." logo por baixo do título.
Disponha-se a visitar esta Igreja-Convento-Museu, verá que não se arrepende...
Cumprimentos. Mário

Rosa Machado said...

Olá Mário,

Como sempre, um espectáculo, as suas fotografias!!!

A Rainha D. Leonor manifestou desejo de ficar sepultada da Igreja, onde esteve até ????, tendo sido mudada para onde a vemos actualmente, isto por causa das cheias do Tejo.
Um abraço,
Rosa Machado

Mário Marzagão said...

Olá, Rosa,

Obrigado pelas simpáticas palavras...

A Wikipedia (que tantos erros encerra) escreve àcerca deste assunto:
"A rainha Leonor faleceu no seu Paço de Xabregas, nos arredores de Lisboa, junto ao convento do mesmo nome.
Ali mesmo, em Xabregas, quis ficar sepultada, no seu magnífico Convento da Madre de Deus, em campa rasa de fria e nua pedra, num lugar de passagem, para que todos a pisassem: gesto de grande humildade que comove, e quis deixar aos vindouros que por ali viessem a passar como sinal da pequenez das coisas do mundo diante da eternidade."

Quanto à documentação do SIPA, bem mais extensa e fidedigna, afirma em parágrafos distintos:
(1) "Mosteiro feminino, de fundação régia, pela rainha D. Leonor, que se fez sepultar no local, em campa rasa."
(2) "1525 - falecimento da rainha D. Leonor; nesta data, o mosteiro tem 42 freiras, 4 veleiras, 2 frades (padre e sacristão) e 12 criados."
(3) "Junto ao coro-baixo, as sepulturas da rainha D. Leonor, a irmã, D. Isabel e a primeira abadessa do mosteiro, Soror Colecta."

Aparentemente, não está aqui documentada a transladação do corpo dentro do Convento...

Um abraço
Mário Marzagão

SOL da Esteva said...

Excelência e preciosa Documentação num só lugar.
A minha admiração sincera e os Parabéns (mais que merecidos).

Abraço
SOL da Esteva

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