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6.6.11

A Herança Sommer


Quem se lembra ainda do Caso da Herança Sommer ?


A Casa Sommer, episódio I:

Rua dos Cais de Santarém
O Palácio dos Condes de Coculim (séc. XVII) pertenceu ao Marquês de Fronteira que o passou a um filho, D.Francisco de Mascarenhas, 1º conde de Coculim.
O Palácio sofreu danos profundos com o terramoto de 1755, tendo também a parte mais baixa ficado cheia de entulho proveniente do desmoronamento dos prédios da Rua de São João da Praça.
No início do ano de 1858 as ruínas do antigo Palácio são transformadas em armazéns de ferro da firma Sommer & Cª. Entre 1896 e 1898 deram entrada na CML alguns pedidos para a reabilitação do edifício, mas nada ficou decidido por nessa altura se ter descoberto no solo vestígios arqueológicos.
A Empresa de Cimentos de Leiria instala-se no edifício entre 1923 e 1949. Na escavações efectuadas na década de quarenta, são recuperadas peças arqueológicas manuelinas que hoje se encontram no Museu Arqueológico do Carmo.
Apesar de ainda se encontrar em estado muito degradado, existe um projecto de reabilitação para se instalar neste Palácio um Hotel de cinco estrelas, o qual se arrasta há muitos anos (como sempre).

A Casa Sommer, episódio II:

Boqueirão do Duro

Boqueirão do Duro (freg. São Paulo): 
Estende-se no chão vizinho ao antigo Cais do Tojo e no sítio da velha marinha da Boa Vista. O Boqueirão do Duro só aparece com este nome depois do incêndio que consumiu em 1821 o posto da 4.ª Companhia de Infantaria da Guarda Real da Polícia, situado no Cais do Tojo.
Os cais sempre fizeram parte da paisagem ribeirinha de Lisboa. Os topónimos dos mais antigos estão geralmente associados aos produtos que aí aportavam, caso do Cais do Tojo que já aparece mencionado no Sumário de Lisboa de 1551. O tojo, planta arbustiva da família das leguminosas, era usado como cama para o gado, estrume ou combustível. Também no local existiu em tempos um chafariz, muito frequentado por aguadeiros e populares

(Luís Pastor de Macedo, in Lisboa de Lés-a-Lés, vol. III).

2 comments:

Analfabruto said...

Boa noite. Tem ideia de quando se instalou a Companhia de Cimentos no Boqueirão do Duro? E que história tem esse edifício? A primeira foto do episódio II refere-se à fábrica Vulcano ou a primeira utilização foi como palácio? Cumprimentos, Samuel Agostinho.

Mário Marzagão said...

Caro Samuel Agostinho, obrigado pelo seu interesse. De facto, a minha principal ligação a este post prende-se com o facto de o meu Pai ter trabalhado na Casa Sommer durante muitos anos. Lembro-me com 3 ou 4 anos de ir com a minha Mãe visitá-lo ao trabalho, primeiro ao Terreiro do Trigo e mais tarde ao Boqueirão do Duro. E lembro-me do fantástico cheiro a cereais e especiarias que vinha das lojas por onde passávamos, numa altura em que a Casa dos Bicos ainda era um armazém de batatas... :)
Numa perspectiva mais séria (...) pode ver aqui uma boa descrição do palácio do episódio I. Quanto ao episódio II, aquele edifício sempre foi industrial. A foto é actual e corresponde às ruínas da Casa Sommer, que ali acabou os seus dias.
Talvez na biografia de António Champalimaud encontre mais respostas às suas questões.
Cumprimentos, volte sempre.

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