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15.8.13

Haja Saúde !!!

A Capela de Nossa Senhora da Saúde ou Capela de São Sebastião da Mouraria tem no seu interior uma interessante lápide em caracteres góticos onde se estipula que "Esta confraria é obrigada a dizer uma missa cada um ano por dia de São Martinho, por uma defunta".
Infelizmente, o prior (dono ?) da Capela tem o mau-hábito de não permitir a captação de imagens no seu interior, cumprindo o seu desígnio com abnegada dedicação e energia. É o que que se pode chamar uma P.P.P. (Prepotência P. de Padre, ficando a palavra central à imaginação de cada um). Esta imposição é lamentavelmente cada vez mais frequente.

Em 1505, os artilheiros da guarnição de Lisboa mandaram erguer uma ermida a São Sebastião, seu padroeiro e advogado da peste.
Em 1569, o rei D. Sebastião devido às epidemias que mataram milhares de pessoas nesse ano, manda construir uma igreja consagrada a São Sebastião, perto do local da ermida; esta obra nunca se chegou a realizar devido à morte do rei em Alcácer Quibir.
Em 1570, o Senado da Câmara manda realizar uma procissão de graças a Nossa Senhora da Saúde pelo fim de um surto de peste que assolara a capital; e informa que a confraria de São Sebastião fica obrigada a mandar rezar uma missa no dia de São Martinho, por memória de uma defunta. Nesse mesmo ano, é fundada a irmandade e efectua-se a primeira procissão de Nossa Senhora da Saúde, cuja imagem é guardada no oratório do Colégio dos Meninos Órfãos.
Em 1661, um desentendimento entre os administradores do Colégio dos Meninos Órfãos e da Irmandade de Nossa Senhora da Saúde põe em risco a imagem da santa, o que levou os artilheiros da guarnição de Lisboa a oferecerem a ermida de São Sebastião para albergar a imagem de Nossa Senhora da Saúde. A ermida adquiriu o seu nome actual e as duas irmandades (São Sebastião e Nossa Senhora da Saúde) fundem-se numa só, com aprovação do Papa Alexandre VII.
Em 1755, a capela não é muito danificada pelo terramoto.

Na fachada, o monograma de Maria




Em torno da Capela, a calçada portuguesa replica os contornos e os detalhes do edifício. Um imaginativo e interessante trabalho de Eduardo Nery.



Mesmo ali ao lado, uma placa celebra a Cerca Fernandina (sec. XIV), que tinha aqui uma porta.

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