Encarnação, o legado de D. Elvira

(bibl.)

Em 1696, D. Elvira Maria de Vilhena, condessa de Pontével e dama da rainha D. Catarina de Bragança, mandou erigir uma igreja para Paróquia da Encarnação, doando um terreno junto às Portas de Santa Catarina.
As coisas que se faziam nesses tempos...

Em 1708, o edifício estava pronto. E os acabamentos só não se ultimaram porque o entalhador de altares José Nunes Monteiro tinha sido preso por não concluir atempadamente a obra de talha da Capela de São Gonçalo de Amarante.
As coisas que se faziam nesses tempos...

Em 1731 já os estuques estavam em muito mau estado e a pedir reparação. Mas foi sol de pouca dura. Em 1 de Novembro de 1755 a igreja é totalmente destruída.

Recomecemos, pois...

Em 1768, o projecto para a nova igreja é feito pelo arquiteto Manuel Caetano de Sousa e entregue ao mestre de obras Joaquim Madeira. Em 1781 já Simão Caetano Nunes pintava o tecto, de tal forma que toda a igreja ficou pronta em 1786.
Que depressa que as coisas se faziam nesses tempos...

Depois de mais um incêndio em 1802, mais 4 anos de obras.. Vem uma nova imagem de Nossa Senhora da Encarnação, e o órgão nº98 de Machado e Cerveira. Pintam-se os altares e os ornatos. Conclui-se a fachada principal e a torre sineira. Mas só em 1873 as obras são dadas como concluídas.
As coisas já não se faziam como noutros tempos...

Pois, logo em 1890, decidiu-se efectuar o revestimento da fachada lateral com azulejos.
E em 2000? Nas obras de beneficiação do edifício, pretendia-se retirar o revestimento azulejar, face ao perigo de descolamento das peças, intenção travada pela C.M.L. por falta de licenciamento.
Definitivamente, as coisas já não são o que eram...

Capela de Santa Maria Goretti:

O corredor de acesso à Sacristia é uma magnífica explosão de cor e luz, ao melhor estilo dos tectos de Marc Chagall. Um projecto seguramente controverso, mas inquestionavelmente belo.